1.3.11

Pequena história.


Eram apenas duas crianças quando se conheceram, ambos descobriram entre si um amor, um amor de criança talvez, mas um amor. Era as borboletas, o sorriso de orelha a orelha, a primeira vez de mãos dadas, os primeiros beijos. Um amor inocente, inocente mas lindo.
Cresceram, afinal toda a gente cresce né? E o amor continuou, até que um dia viram o seu amor, aquele amor inocente ser travado, foram obrigados a acabarem sem assim o desejarem. Quem deu o primeiro passo foi ela, sempre foi a mais fraca dos dois, mas tinha que ser assim, ela sabia que apesar de não o querer que era o melhor para os dois.
Depois disso raramente sorriam, ela não tinha aquele sorriso que tinha com ele, ele não tinha aquele brilho nos olhos que tinha com ela, mas a vida continuava e assim o fizeram eles. Um dia encontraram.se e tudo voltou, as borboletas, o sorriso, o brilho nos olhos, já tinha tido outras pessoas na vida um do outro mas nada tão importante com a historia deles. Tiveram uma aventura de uma noite, uma das muitas que tiveram a seguir a isso. Até que ela percebeu que tudo ia voltar, que o que um dia sentiu por ele já não era o que sentia agora, que se estava a apagar o misticismo à volta daquele amor tão querido. Ficou no ar a promessa de um dia ficarem juntos..
Resolveu afastar-se de vez, sabia que era o melhor para ele, apesar de o ir magoar mais uma vez ela pediu-lhe que a esquecesse, afastou-se dele, mantendo contacto com alguns poucos amigos que ainda tinham em comum, sabia através deles as pequenas e grandes vitórias dele e por dentro ficava um pouco mais feliz. Um dia ela voltou, acompanhada por alguém, ela apareceu-lhe com outra pessoa, e apresentou essa pessoa como o noivo dela, nesse dia ele percebeu que tudo tinha acabado, que ela nunca mais iria ser dele. Também ele encontrou uma pessoa e se casou.
Muitos anos depois soube que ela se tinha separado, mas não a procurou, se ela não o tinha procurado é porque não o queria de volta.
Ele foi para um lar, e lá encontrou alguém que lhe fez brilhar os olhos, alí estava ela, com o seu sorriso, aquele grande e lindo que ele sempre adorou à espera dele, de braços abertos, beijaram-se como se fosse a primeira vez e assim ficaram, felizes como sempre sonharam..

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